Want to Partnership with me? Book A Call

Popular Posts

Dream Life in Paris

Questions explained agreeable preferred strangers too him her son. Set put shyness offices his females him distant.

Categories

Edit Template

Pesquisadores do Instituto Butantan estudam o desenvolvimento de vacina em aerossol contra pneumonia

Pesquisadores do Instituto Butantan estudam o desenvolvimento de vacina em aerossol contra pneumonia

Pesquisadores do Laboratório de Bacteriologia do Instituto Butantan estudam o desenvolvimento de uma vacina em aerossol contra infecções pela bactéria pneumococo (Streptococcus pneumoniae), causadora de pneumonia bacteriana, otite, meningite e sepse, entre outros quadros. O imunizante é considerado de baixo custo por ser o único contra o pneumococo testado na forma inalatória, sem a necessidade de uso de refrigeração e agulhas. Sua formulação mais simples também reforça o princípio de ser uma vacina barata de produzir, comparada às já disponíveis.

“As formulações atuais são bem caras e complexas e têm proteção específica para alguns sorotipos. A ideia dessa vacina é que isso não ocorra, porque é uma vacina independente de sorotipo e com custo menor por não ter necessidade de purificar cada polissacarídeo dos diferentes sorotipos separadamente”, afirma a pesquisadora do Laboratório de Bacteriologia do Instituto Butantan Eliane Miyaji.

A candidata vacinal é composta por nanopartículas contendo proteínas do pneumococo, composição diferente das vacinas pneumocócicas conjugadas (VPCs), compostas por polissacarídeos de diferentes sorotipos do pneumococo conjugados com proteínas; e das vacinas polissacarídicas (VPPs), que contêm polissacarídeos livres do pneumococo em sua composição. 

No Brasil, estão disponíveis a VPC10, VPC13, VPC15 e a VPP23, que previnem contra dez, 13, 15 e 23 sorotipos de pneumococo, dentre os mais de 100 existentes. A VPC10 é indicada para crianças de dois meses até cinco anos e está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). A VCP13 é indicada para crianças e adultos com mais de 50 anos, enquanto que a VPP23 é indicada para a população acima de 60, podendo ser utilizada em esquema vacinal em combinação com a VCP13.

A pneumonia é a maior causa de morte por doenças infecciosas entre crianças menores de cinco anos, sendo responsável por 14% das mortes nesta faixa etária segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Diferentes microrganismos podem causar pneumonia e o pneumococo é responsável por mais da metade dos casos mais graves.

LEIA TAMBÉM: Vacina da gripe do Butantan ajuda a proteger populações de diversas regiões do mundo

A pesquisa da vacina em aerossol do Laboratório de Bacteriologia foi a base do trabalho “Formulação de vacina pulmonar nanoparticulada baseada em lipossomos contendo antígenos proteicos de Streptococcus pneumoniae”, apresentada pelo farmacêutico Tasson Rodrigues no doutorado do Programa de Pós-Graduação Interunidades em Biotecnologia da Universidade de São Paulo (USP), Instituto Butantan e Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). O estudo, orientado por Eliane Miyaji, venceu o “Prêmio Tese Destaque da USP – 13ª Edição” na categoria Interdisciplinar em novembro de 2024. Tasson também recebeu o prêmio Robert Austrian Research Award in Pneumococcal Vaccinology em 2022.

Eliane Miyaji: “formulação da candidata vacinal é de baixo custo e por ser em aerossol chega direto aos pulmões”. Foto: Butantan/Governo de SP

Por que uma vacina em aerossol?

Embora as vacinas atualmente disponíveis sejam bastante eficazes contra a doença pneumocócica invasiva, o uso delas tem levado a uma substituição dos sorotipos prevalentes na população, causando um aumento da incidência de doenças pneumocócicas por sorotipos não incluídos nas formulações vacinais. 

A escolha por testar uma vacina com antígenos proteicos e não com base em polissacarídeos do pneumococo leva em conta uma possível maior cobertura comparada às VPCs e VPPs. Isto é, se a hipótese da pesquisa se comprovar, será possível ter uma maior cobertura contra pneumococos sem depender da necessidade da inclusão de mais sorotipos a cada nova composição.

LEIA TAMBÉM: Vacinação em adultos: veja o que o Butantan recomenda para manter imunização em dia

“Enquanto as VPCs e VPPs são focadas em polissacarídeos, que são açúcares, e bastante variáveis, nós focamos em proteínas de superfície do pneumococo que, em tese, são mais conservadas. Essa é uma outra forma de desenvolver uma proteção contra o pneumococo sem depender da inclusão de polissacarídeos de diferentes sorotipos”, explica Tasson Rodrigues.

A versão em aerossol teria outra vantagem sobre as demais vacinas: ela atingiria diretamente os pulmões, formando uma barreira contra a bactéria já no local de entrada do organismo. “É a única vacina contra pneumococo que chega aos pulmões, fazendo uma imunização pulmonar. Essa forma de proteção é importante porque a maioria dos casos de pneumonia grave, sobretudo nas crianças e nos adultos 60+, é de origem bacteriana”, diz Eliane. 

O estudo, feito em parceria com a Liverpool John Moores University (LJMU), do Reino Unido, foi desenvolvido em etapas. Na primeira, Tasson e a equipe do Laboratório de Desenvolvimento de Vacinas do Butantan produziram os antígenos proteicos. Na segunda, as proteínas foram levadas para o Reino Unido pelo então estudante de pós-graduação, que trabalhou na produção de lipossomos – tipos de nanopartículas formadas por lipídeos arranjados em camadas duplas que formam uma espécie de esfera envolvendo os antígenos – no laboratório do professor de Nanomedicina da Escola de Farmácia e Ciências Biomoleculares da LJMU, Imran Saleem.

O projeto foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e pela Medical Research Council (MRC) do Reino Unido. 

LEIA TAMBÉM: Instituto Butantan firma parceria com Universidade do Texas para pesquisas sobre vacinas e doenças infecciosas

Tecnologia 

A candidata vacinal do Butantan utiliza fragmentos da proteína de superfície pneumocócica PspA (Pneumococcal Surface Protein A), considerada um dos antígenos proteicos mais promissores para o desenvolvimento de uma vacina contra infecções por pneumococo.

A PspA é classificada em seis clados, divididos em três famílias: família 1 (clados 1 e 2), família 2 (clados 3, 4 e 5) e família 3 (clado 6), sendo as famílias 1 e 2 as mais prevalentes nas doenças pneumocócicas. Inicialmente, os pesquisadores testaram em modelos animais a imunogenicidade contra o pneumococo com a PspA do clado 4, mas a resposta imune gerada não foi muito abrangente.

Tasson recebeu o prêmio Robert Austrian Research Award in Pneumococcal Vaccinology em 2022  e, em 2024, o “Prêmio Tese Destaque da USP – 13ª Edição” na categoria Interdisciplinar. Foto: Butantan/Governo de SP

Tasson, então, fez a clonagem, expressão e purificação da PspA de clado 1, a combinou-a a uma PspA de clado 4. O resultado desta formulação foi uma proteção mais abrangente contra o pneumococo. “Na formulação anterior, a vacina desenvolveu uma proteção apenas contra bactérias com proteínas pertencentes à família 2. Então, decidimos incluir mais uma PspA para que protegesse contra as famílias 1 e 2”, explica.

Durante os nove meses que ficou em Liverpool, o então doutorando trabalhou a inclusão das proteínas dentro de lipossomos, tornando o produto uma vacina de proteínas recombinantes, que depois foram transformadas em uma formulação em pó.

“Nas duas linhagens de bactéria usadas, uma que expressava PspA de família 1 e outra que expressava PspA de família 2, vimos em camundongos proteção de 100%, uma ótima proteção que nunca tínhamos visto. Fizemos outro ensaio, utilizando o soro dos animais imunizados incubados com diferentes linhagens da bactéria, que expressam diferentes PspAs das duas famílias. Vimos que os anticorpos do soro destes animais conseguem se ligar a todas as linhagens testadas, indicando uma proteção abrangente”, afirma Tasson. 

LEIA TAMBÉM: Chikungunya: vacina do Butantan mantém produção de anticorpos em 98% dos imunizados

Os resultados do projeto de doutorado foram publicados em dois artigos, um no periódico Journal of Controlled Release e outro no periódico Applied Microbiology and Biotechnology. A patente da candidata à vacina foi depositada recentemente e na nova fase de pesquisa os cientistas esperam avançar nos testes pré-clínicos. “A próxima etapa do estudo é submeter um projeto para escalonar a produção dentro das Boas Práticas de Laboratório, além de fazer os testes pré-clínicos de toxicidade, imunogenicidade e também testar sua forma de aplicação”, conclui Eliane.

O post Pesquisadores do Instituto Butantan estudam o desenvolvimento de vacina em aerossol contra pneumonia apareceu primeiro em Agência SP.

Share Article:

Considered an invitation do introduced sufficient understood instrument it. Of decisively friendship in as collecting at. No affixed be husband ye females brother garrets proceed. Least child who seven happy yet balls young. Discovery sweetness principle discourse shameless bed one excellent. Sentiments of surrounded friendship dispatched connection is he. Me or produce besides hastily up as pleased. 

Join the family!

Sign up for a Newsletter.

You have been successfully Subscribed! Ops! Something went wrong, please try again.
Edit Template

About

Appetite no humoured returned informed. Possession so comparison inquietude he he conviction no decisively.

Tags

    © 2023 Created with Royal Elementor Addons